Sedentarismo: como combatê-lo de forma eficiente.
- Rafael Mathias Pitta | Educador Físico
- 19 de abr. de 2017
- 3 min de leitura
O sedentarismo é um problema de saúde pública que acomete quase 50% da população mundial e 70 % da população brasileira. Considerado um fator de risco para desenvolvimento de doenças crônicas degenerativas, como cardiopatias, resistência à insulina, diabetes e infarto, entre outras, o sedentarismo é classificado como uma pandemia de responsabilidade pública.
Então, o que pode ser feito para modificar esse cenário tão alarmante?
Com o intuito de mudar o cenário de inatividade física mundial, o Colégio Americano de Medicina Esportiva (ACSM) recomenda a prática de pelo menos 30 minutos diários de atividade física, podendo ser realizada através de exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida e bicicleta, exercícios de força, como musculação, treinamento funcional e hidroginástica, e exercícios de flexibilidade, como alongamentos estáticos, dinâmicos e ioga. O importante é nunca deixar de se movimentar.

O treinamento de força (TF) é, sem dúvidas, a modalidade mais procurada por indivíduos do sexo masculino no momento de adesão à prática de atividade física. Segundo estudos científicos, homens que não realizam TF relatam falta de força, enquanto 10 semanas praticando este tipo de treinamento parece aumentar significativamente os níveis de testosterona livre em homens de meia idade, mesmo havendo pouca experiência com este tipo de atividade.
Existem diferentes maneiras de realizar o TF, sendo que a sua periodização e planejamento são importantes para o controle de carga e supervisão direta de outras variáveis. Através das respostas corporais do indivíduo, torna-se possível realizar as alterações necessárias durante o programa de treinamento para melhorar os resultados progressivamente. Os TF mais utilizados, de acordo com a literatura científica, são:
periodização linear (PL): caracteriza-se com baixa intensidade de treino e alto volume no início do planejamento. Entretanto, ao longo da periodização há uma inversão proporcional dessas variáveis, ou seja, com o tempo há um aumento na intensidade e uma diminuição do volume de treino.
periodização ondulatória (PO): caracteriza-se pela ondulação das manifestações de força durante uma mesma semana de treinamento. Ou seja, em uma mesma semana, são realizados um treinamento de força hipertrófica, um treino de força de resistência e um treino de força explosiva, por exemplo.

Então, sabendo-se disso fica a grande pergunta: qual método escolher?
Estudos comparativos entre os dois métodos de treinamento (PL e PO) apontam um ganho significativo de força na PO. Além deste método de treinamento ser mais eficaz na análise de ganho de força, cria-se a hipótese que este método proporcione maior adesão ao exercício físico. Além de ser menos monótono, realizando diferentes estímulos em uma mesma semana, a PO parece atender a aspectos psicofisiológicos (fadiga, stress, desmotivação) impostos pelo indivíduo.
É importante salientar que independente da modalidade escolhida, a atividade física de uma maneira geral aumenta a longevidade, o nível de energia e a disposição. E nos dias de hoje, nada mais precioso do que melhorar a nossa qualidade de vida. Para finalizar, é fundamental ressaltar que a prática de atividade física deve ser sempre indicada e acompanhada por profissionais qualificados, garantindo os benefícios e resultados, e minimizando qualquer risco através de orientação e controle adequados.

** Rafael Mathias Pitta é educador físico, formado pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e pós graduado em Atividades Físicas para Prevenção de Doenças Crônicas e Promoção em Saúde, pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Atualmente cursa Mestrado em Educação Física na Universidade São Judas Tadeu. É professor de Pós Graduação do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.






































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